terça-feira, 30 de junho de 2009

Impactos da crise - Desemprego

Dados do Ministério do Trabalho de abril de 2009 atestam que Alagoas lidera o ranking de desemprego no Nordeste, entre os meses de janeiro e março a porcentagem de desempregados nos estados chegou a 7,51%. O estado da Paraíba nesse ranking ficou em 5º lugar, do Rio Grande do Norte em 8º e do Sergipe em 9º. A crise econômica, para muitos especialistas, é apontada como a grande responsável por esses índices, mas é importante ressaltar que são muitos dados que se misturam para compor essa estimativa. No caso do Rio Grande do Norte, o setor da Agroindústria de cana-de-açúcar é o setor que mais colabora com o aumento do número de desempregados no estado. Mas não é só a crise econômica responsável por esse aumento do desemprego, o período entressafra que joga no mercado milhares de trabalhadores sem qualificação, e a diminuição na arrecadação no Fundo de Participação dos Municípios, que gera uma diminuição dos investimentos para a geração de emprego e renda, também são responsáveis.

Impactos da Crise - Indústria e Agricultura

Não só no Nordeste, como no Brasil e, porque não dizer em todo mundo, o setor industrial tem sido o que mais tem sofrido com a crise. Apesar do Rio Grande do Norte está se destacando nesse setor nos últimos anos, os estados do Nordeste, mais especificadamente os estados do Alagoas, Sergipe e Paraíba, no geral, apresentam uma indústria pouco desenvolvida. Logo os impactos da crise não vão ser tão sentidos na economia desses estados, devido ao pouco desenvolvimento industrial.

Mas não se pode ignorar os impactos, ainda que pequenos, que a economia desses estados sofreram por conta do prejuízo de suas indústrias. A Paraíba, por exemplo, que possui um setor industrial voltado para a produção têxtil teve sua balança comercial afetada por conta da crise. O principal exportador de produtos paraibanos são os Estados Unidos, com a queda das exportações por conta da crise, seis das dez maiores empresas exportadoras do estado apresentaram retração em fevereiro de 2009. A balança comercial da Paraíba chegou a apresentar um déficit de 21,9% em fevereiro.

O Rio Grande do Norte também possui uma pequena indústria têxtil que se prejudicou com a crise. Mas em contrapartida o setor sucroalcooleiro dobrou seu crescimento em 128,3% em relação ao ano passado, o açúcar ocupando o quarto lugar na pauta de exportações.

Em Alagoas, indústrias de insumo básico, fábricas de fertilizantes também anunciaram queda nas vendas por conta da crise. São indústrias relacionadas a agricultura, setor forte no estado.

No que se refere à agricultura, a fruticultura, setor forte no Rio Grande do Norte, por exemplo, apresentou queda na exportação de alguns produtos. Enquanto o melão, por exemplo, continuou exportando em grandes quantidades, alguns produtos como banana, por exemplo, apresentaram queda. A carcinicultura apresentou uma queda de 32,8% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao primeiro trimestre de 2008. As quedas nas exortações potiguares chegaram a 37,8% em 2009 com relação ao mesmo período de 2008. Mas é importante ressaltar que essas quedas também têm uma relação com as cheias que atingiram a região Nordeste em 2008, e não somente com a crise econômica. Tendência presente em todos os outros estados.

Impactos da Crise - Comércio Varejista

O comércio varejista é um dos setores que menos está sofrendo com a crise nos estados do Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Paraíba, e no Nordeste como um todo. Grande parte da classe média desses estados é composta por servidores públicos (no caso de Alagoas, por exemplo, 80% de sua classe média é composta por servidores). Com um emprego estável e uma renda segura, essa classe possui uma atuação muito forte na economia com um poder de compra significativo.

A crise econômica chegou para essa classe graças à mídia. Com o seu poder aquisitivo não diminuído, a pequena mudança nos padrões de consumo veio decorrente as informações sobre a crise econômica pelos meios de comunicações. Informações estas que trouxeram certa insegurança para os consumidores, ainda que uma singela insegurança.

Além dos funcionários públicos, a parcela da população que recebe ajuda dos programas de transferência de renda do governo (como o Bolsa Família) também compõem o mercado consumidor dos estados citados. Ainda que de forma menos imponente essa parcela tem importância na economia do Nordeste, devido à quantidade de beneficiados com esses programas. E como sua fonte de renda, no caso os programas do Governo, também é uma fonte estável, a crise nada abalou seu poder de compra. Logo, ajudando a não alterar de maneira significativa a estrutura do comércio varejista mesmo em tempo de crise.

Impactos da Crise - FPM

O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é uma transferência constitucional, composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A distribuição dos recursos aos Municípios é feita de acordo com o número de habitantes, a partir de faixas populacionais fixadas cabendo a cada uma delas um coeficiente individual. Para as capitais o coeficiente fixado se dá de acordo com o inverso da renda per capita de sua população. Do total de 10% dos recursos são destinados aos Municípios das capitais e 86,4% para os demais Municípios e 3,6% para o fundo de reserva a que fazem juz os Municípios com população superior a 142.633 habitantes, excluídas as capitais.
Com a crise econômica, o governo federal mudou a tabela do Imposto de Renda para aumentar a faixa de isenção e reduzir o IPI pata os carros. Segundo o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, essa redução do IPI seria para salvar os empregos dos metalúrgicos do ABC paulista. Mas que, como conseqüência, resultou numa diminuição na arrecadação do FPM nos primeiros meses de 2009.
Tomando como exemplo o caso da Paraíba, a transferência de FPM para os municípios do estado nos três primeiros meses de 2009 caiu 12% em relação ao 1° trimestre do ano passado. Já no caso do Rio Grande do Norte, os prefeitos constataram uma queda de 40% nos depósitos de janeiro de 2009 em comparação a dezembro de 2008. Em de Alagoas, a prefeitura de Maceió chegou a paralisar suas atividades no dia 2 de abril em protesto contra a redução do repasse do FPM.
Os estados do Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Paraíba, assim como a Região Nordeste com um todo, apresentam municípios pequenos muito dependentes da arrecadação proveniente do FPM. Com a redução do repasse, muitos desses municípios de viram numa situação bastante crítica. Além disso, junto com a redução na arrecadação do FPM, o reajuste do salário mínimo, acima de 10%, e o piso nacional dos professores contribuíram para a situação do equilíbrio financeiro desses municípios. Principalmente porque nos municípios pequenos a quantidade de trabalhadores que ganham salário mínimo é significativa.
Num cenário de crise, a situação economia desses municípios se agrava ainda mais, já que com a redução da arrecadação, as prefeituras passaram a cortar gastos com construção civil, principalmente, e programas de assistência social, aumentando o risco de desemprego. Num contexto de crise econômica a atuação das autoridades estatais e municipais com investimentos para impulsionar a economia é muito importante. A construção civil é um bom exemplo de um investimento do Estado que gera empregos, oferecendo poder de compra aos trabalhadores. Com a diminuição da arrecadação da renda proveniente do FPM as prefeituras passaram a cortar gastos não primordiais ( saúde e educação), sendo a construção civil alvo desse corte.

Impactos da crise - Turismo

Com a crise econômica, um dos impactos mais significativos que podem ser assinalados é o impacto no setor turístico. O turismo, sendo uma atividade que sofre bastante influência do cenário econômico mundial, vem crescendo nesses estados, sendo a crise econômica o fator que tem mais influenciado esse crescimento. No caso do Rio Grande do Norte, por exemplo, que estava sofrendo sucessivas diminuições no tráfego de turistas estrangeiros, a crise ajudou a dar um impulso nos negócios a partir do crescimento do turismo doméstico. Em Janeiro de 2009 os empresários já previam a ocupação de 85% a 85% dos hotéis para a alta estação do mesmo ano, aumento de 10% e 15% comparando com o mesmo período de 2008. Apesar do turismo não ser a atividade econômica mais importante nesse estado, ao contrário de Alagoas, é uma atividade que vem se destacando já há alguns anos no estado.
As causas desse crescimento do turismo no Nordeste, e no Brasil, são várias. Com a crise, houve um crescimento no turismo doméstico, já que em tempos de crise os brasileiros das classes A e B preferem diminuir seus gastos com viagens em seu próprio país, do que com visitas a outros países. O aumento do dólar também contribui para isso, com a desvalorização do real frente ao dólar os estados brasileiros passaram a ser destinos mais baratos para quem quer fazer uma viagem. O mesmo acontece para os turistas estrangeiros, o Brasil passou a ser um destino mais barato. Mas o turista de fora demora mais para responder a essa nova realidade, por enquanto o número de turista que visitaram o Brasil no fim de 2008 e em 2009 foi baixo comparado a períodos anteriores.
É importante ressaltar que com esse contexto favorável, a atividade turística ganha mais investimentos. Em tempos de crise, o Estado aproveita para investir em setores que estão lucrando. Alem disso o turismo é um setor que movimenta uma série de outras atividades, além ser muito importante como gerador de emprego e renda.

Economia do Alagoas

O Estado de Alagoas tem como limites: Pernambuco (N e NO); Sergipe (S); Bahia (SO); e oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 27.767 km². Sua capital é a cidade de Maceió. Sua população é de 3.037.103 habitantes. Tendo o IDH na faixa de 0.649 e GINI de 0.575. Sendo formado por 102 municípios, suas cidades mais populosas são Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Rio Largo, Penedo, União dos Palmares, São Miguel dos Campos, Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, Coruripe e Campo Alegre.

Entre os principais produtos agrícolas cultivados no Estado encontram-se o abacaxi, o coco, a cana-de-açúcar, o feijão, o fumo, a mandioca, o algodão, o arroz e o milho. Na pecuária, destacam-se as criações de eqüinos, bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. É o maior produtor de cana-de-açúcar do nordeste, Alagoas perdeu, em termos nacionais, na safra passada, o segundo lugar para o Paraná. Caracterizada pelo baixo nível de mecanização e pela pouca produtividade, a agricultura tem registrado redução gradativa em suas safras durante os últimos 15 anos. A maior queda acontece na colheita de algodão: 800 t em 1999, em comparação com as 27,3 mil t de 1985.

Atividade industrial tem como sub-setores predominantes o químico, a produção de açúcar e álcool (mais conhecido como setor sucroalcooleiro), de cimento, e o processamento de alimentos. Ultimamente tem crescido bastante os índices de novas indústrias em Alagoas (que em apenas 1 ano chegaram 12 novas indústrias).

O principal pólo industrial fica em Tabuleiro, na periferia de Maceió, a poucos quilômetros do Porto do Jaraguá. Surgido em 1979, com o objetivo inicial de reunir indústrias químicas, a partir dos anos 90, Tabuleiro recebe também empresas de setores variados, que se beneficiam da infra-estrutura de estradas e energia existentes.

Existem também no Estado, reservas minerais de sal-gema, Alagoas é o maior produtor de gás natural do Brasil (ALGÁS), além do petróleo. A participação da indústria da cultura canavieira na economia do estado atinge 45 %. As outras atividades com contribuição significativa são o turismo, com 23%, a indústria alimentícia, com 20% e a de química e mineração, com 12%.


Nos últimos anos, o turismo tem crescido nas praias do estado com a chegada de brasileiros e também de estrangeiros, graças a melhorias no aeroporto de Maceió e na infra-estrutura hoteleira. O litoral norte, especialmente Maragogi e Japaratinga tem recebido nos últimos anos grandes empreendimentos de resorts. Localizado na região nordeste, Alagoas abriga a foz do rio São Francisco - que demarca a divisão com Bahia e Sergipe - com seu rico ecossistema em meio a dunas e coqueirais. Muitas de suas praias têm grande função ambiental. A praia do Peba constitui-se numa área de desova de tartarugas marinhas. Na de Paripueira existe uma estação de proteção ao peixe-boi, espécie ameaçada de extinção.

O turismo é uma atividade cada vez mais próspera para a economia de Alagoas. Em 1999, os turistas garantem aos hotéis alagoanos a sua mais alta taxa média de ocupação da última década: 56,5% - a segunda maior da região nordeste atrás apenas da registrada no Ceará. O local mais procurado pelos turistas é a capital, Maceió. Eles se concentram nas praias de Ponta Verde, Jatiúca e Pajuçara, esta apreciada, sobretudo por suas piscinas naturais. Também recebem número expressivo de visitantes as regiões costeiras próximas à capital, como as praias do Francês, no município de Marechal Deodoro, e as das cidades de Japaratinga e Barra do São Miguel, famosa pelas areias brancas. Outro ponto atrativo é a serra da Barriga, em União dos Palmares, onde no século XVII se ergueu o Quilombo dos Palmares.

Economia da Paraíba

O estado da Paraíba está situado a leste da região Nordeste e tem como limites o estado do Rio Grande do Norte ao norte, o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco ao sul e o Ceará a oeste. Ocupa uma área de 56.439 km². A capital é João Pessoa e outras cidades importantes são: Campina Grande, Santa Rita, Guarabira, Patos, Sousa, Cajazeiras e Cabedelo. Tem uma população de 3.742.606 e o IDH que é de 0, 718, é o segundo maior entre os estados estudados ficando só atrás do Rio Grande do Norte. E o GINI de 0,595.

A economia se baseia na agricultura, principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, fumo, graviola, juta, umbu, cajú, manga, acerola, mangaba, tamarindu, mandioca, milho, sorgo, urucum, pimenta do reino, castanha de cajú, arroz, café e feijão. Na pecuária, de modo mais relevante, caprinos, na região do Cariri.

Na indústria destaca-se a alimentícia, têxtil, couro, calçados, metalúrgica, sucroalcooleiro. O transporte marítimo é fundamental à economia paraibana. As exportações e importações são operadas principalmente através do Porto de Cabedelo.

O turismo da Paraíba destaca-se principalmente por suas praias movimentadas e de temperatura agradável. O estado ainda possui a única praia naturalista do nordeste brasileiro (Praia de Tambaba - Litoral Sul) e inaugurou a primeira obra do arquiteto Oscar Niemeyer em João Pessoa, denominada Estação Ciência, Cultura e Artes (na Ponta do Cabo Branco). Ressalta-se também as comidas típicas, o artesanato, e o ecoturismo. Outros eventos principais são os Encontros da nova consciência e o São João de Campina Grande, Patos e Santa Luzia, a Festa do Bode Rei e o Lajedo de Pai Mateus em Cabaceiras, a Caranguefest em Bayeux, o Festival de Verão em João Pessoa. Em Campina Grande se encontra um dos maiores eventos juninos do Brasil, denominado "O Maior São João do Mundo."Na Paraíba se encontra o ponto mais oriental das Américas, conhecido como a Ponta do Seixas, em João Pessoa, devido a sua localização geográfica privilegiada (extremo oriental das Américas), João Pessoa é conhecida turisticamente como "a cidade onde o sol nasce primeiro".

Economia do Sergipe

Sergipe tem como limites, Alagoas (NO), Oceano Atlântico (L) e Bahia (S e O) e ocupa uma área de 21.910 km². É o menor dos estados brasileiros e sua capital é a cidade de Aracaju. Sua população está em torno de 1.939.426 habitantes, seu IDH é 0,682 e sua concentração de renda, o GINI, em volta de 0,561. Tem como principais municípios: Aracaju, Lagarto, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Tobias Barreto, Itabaiana. Suas cidades mais populosas são Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Itabaiana, Estância e Tobias Barreto.
A economia do Sergipe baseia-se principalmente no cultivo de cana-de-açúcar, e suas extensas plantações beneficiadas pelo solo fértil produzem mais de 1,4 milhões de toneladas de açúcar por ano. Ao contrário de muitos estados brasileiros, a criação de gado não é muito importante. Além da cana, é cultivada a mandioca (617 400 t. por ano), a laranja (14,4 milhões de frutos) e o coco.

A agricultura emprega a maior parte da mão-de-obra sergipana, mas é o setor de serviços, centrado no comércio de Aracaju, o responsável por mais de 65% do PIB do estado. Por causa da pequena extensão territorial, a pecuária é representada por um rebanho de apenas 918 mil bovinos e 83,3 mil ovinos e 82,3 mil suínos, por esse fator a criação de gado não é muito importante.

No extrativismo observa-se uma ampliação na exploração de Petróleo e gás natural; o mármore, potássio, calcário, sal-gema, granito, halita, silvinita, carnalita, enxofre, dolomita, cobre, areia e argila. Há um único pólo de exploração de potássio da América Latina, localizado no município de Rosário do Catete, a 35km de Aracaju.

Nas últimas décadas, Sergipe recebeu investimentos da Sudene e do Proálcool, além dos recursos da Petrobras desde a descoberta, em 1963, de petróleo e gás natural, produtos dos quais é o terceiro maior produtor do país, atrás do Rio de Janeiro e da Bahia.

Uma pequena indústria de couro também existe e está em crescimento. A economia sergipana, que durante séculos esteve baseada no cultivo da cana-de-açúcar, começa a se modificar a partir dos anos 90. Apoiado em incentivos fiscais e em seu potencial energético - oferecido pela usina de Xingó e pela exploração de petróleo e gás natural -, Sergipe atrai indústrias para seu território. Somente entre 1995 e 1998, 40 indústrias instalam-se no estado, com destaque para uma fábrica de cerveja em Estância, que impulsiona a chegada de outras pequenas e médias empresas à região, principalmente voltadas para o beneficiamento de produtos agrícolas e de couro, processamento de alimentos e um pequeno parque têxtil.

Ao mesmo tempo em que o setor industrial cresce, o agropecuário registra queda em parte de sua produção. As áreas dedicadas a culturas tradicionais, como algodão, cana-de-açúcar, mandioca e milho, vêm diminuindo, enquanto que ao mesmo tempo expandem-se lavouras com um melhor desempenho comercial, como a do coco-da-baía e a da laranja, principal produto estadual.

Dados Econômicos da Região
Participação no PIB nacional: 0,7% (2004).
Composição do PIB:
Agropec: 7,0%;
Ind.: 53,9%;
Serv: 39,1% (2004).
PIB per capita: R$ 6.782 (2004).
Export: (US$ 66,4 milhões): sucos de laranja (66,1%), uréia (20,8%), couros e calçados (4,6%), tecidos e confecções (2,3%), outros sucos (2,0%).
Import: (US$ 93,4 milhões): geradores (30,1%), algodão (14,8%), trigo (10,7%), chapas de alumínio (8,0%), petroquímicos (7,6%) .
Dados: 2005

O turismo de Aracaju apresenta relevância considerável na economia local. A região mais procurada é a capital Aracaju, com destaque para suas praias, como as de Atalaia, Aruana, Refúgio, Náufragos, Robalo e Mosqueiro, todas no litoral sul. O município de Barra dos Coqueiros conta com uma base do Projeto Tamar. A cidade vizinha, São Cristóvão, antiga capital fundada em 1590, também é atração turística devido ao seu patrimônio histórico. Outra cidade histórica de destaque é Laranjeiras, a 23 km de Aracaju.

O município de Itabaiana é bastante conhecido pelo seu grande e intenso comércio de ouro em jóias. Já Estância tem muita tradição nos festejos juninos, com seus famosos barcos de fogo; e no carnaval de beira de praia (Abais). Neópolis, situada às margens do Rio São Francisco também tem tradição de bom carnaval, sempre no ritmo do frevo pernambucano, com suas bandinhas que levam os foliões ao delírio. No já mencionado município de Barra dos Coqueiros tem destaque o povoado chamado Atalaia Nova, que é banhado pelo Rio Sergipe e pelo oceano Atlântico, proporcionando excelente lazer e diversão, num local de tranqüilidade e bastante contato com a natureza. Há ainda passeios de catamarã pelo rio Sergipe, na capital Aracaju, além de outro que permite conhecer o Rio São Francisco, no município de Brejo Grande, que faz a divisa com o estado Alagoas, e no município de Piaçabuçu e que leva os turistas até a foz do rio.

A cidade de Canindé de São Francisco, distante 186 km da capital, é um dos pólos turísticos mais atrativos do estado de Sergipe. Aqui o Rio São Francisco foi represado para a construção da Usina Hidrelétrica de Xingó, formando um lago de raríssima beleza. Além disso, o turista pode entrar em contato direto com a história da civilização local através dos achados que estão expostos à visitação pública no Museu de Arqueologia de Xingó, que é administrado pela Universidade Federal de Sergipe. A visita ao "Paraíso do Talhado" no lago da Hidrelétrica é obrigatória a todos aqueles que vão conhecer o Cânion de Xingó, que se situa na divisa dos estados de Sergipe, Bahia e Alagoas.

Economia do Rio Grande do Norte

O Estado do Rio Grande do Norte tem como limites a norte e a leste o Oceano Atlântico, ao sul a Paraíba e a oeste o Ceará. É dividido em 167 municípios e ocupa uma área de 52.796,791 km². Seu IDH é o maior dentre os outros estados sendo 0,705 e o índice que mede a concentração da renda da população, que é conhecido como GINI, de 0,570. Sua capital é a cidade de Natal. Possui uma população estimada em 3.013.740 habitantes, e as cidades mais importantes são: Natal, Mossoró, Parnamirim, Assu, Tibau do Sul e Caicó. Outras cidades importantes são Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba, Macau e Tibau.

A economia do Rio Grande do Norte é a mais próspera em relação aos outros estados estudados. O Rio Grande do Norte é também o estado que paga melhor aos seus empregados formais, comparando com os estados de Alagoas, Sergipe e Paraíba. Segundo dados do IBGE, e também segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Rio Grande do Norte paga o segundo melhor salário do Nordeste para professores da rede estadual.

A agricultura do estado é a que mais cresce desde 2002, apoiada na expansão da fruticultura irrigada e, principalmente, na cana-de–açúcar (produzida nesse mesmo ano em um total de 2.011.241 t). Mandioca, milho, coco e melão com outras culturas de destaque nesse crescimento. A base da agricultura é a cana-de-açúcar. É um dos estados que mais cresce no Brasil (o dobro da média nacional). A produção de caju, melão, melancia, acerola e manga é quase inteiramente destinada ao exterior, principalmente a Europa. Destaca-se também no setor agrícola a produção de: castanha-de-cajú, coco-da-baía, arroz, mandioca, (esses últimos em processo de expansão), cultivo de algodão, banana, cana-de-açúcar, feijão, milho, batata-doce, sisal, fumo, abacaxi, e mamona.
Na pecuária se destaca a criação bovina, suína e também a avicultura. Na pesca a principal atividade é a, carcinicultura, ou seja, o cultivo de camarão. Seus principais importadores são: EUA, França, Espanha, Japão, Paises Baixos, Reino Unido, Itália.Já na extração vegetal destaca-se a carnaúba e na mineração sal marinho, calcário, diatomito, estanho, caulim, gás natural, petróleo, tungstênio, feldspato, nióbio. O Porto-Ilha de Areia Branca no município de Areia Branca é responsável por 95% de todo sal brasileiro.

Na indústria, são relevantes o parque têxtil (principalmente o DIM em Macaíba e o DIM de Natal/Parnamirim) e as instalações de processamento de petróleo e gás natural da Petrobrás em Guamaré, que é chamado de Pólo Industrial de Guama.

A principal atividade econômica do estado do Rio Grande do Norte é a extração e o processamento de petróleo, sendo o maior produtor em terra do Brasil e um dos principais abastecedores de gás para o Nordeste. Tem três unidades de processamento de gás natural, o qual é injetado no duto Nordestão a partir do Pólo de Guamaré, onde, também, produz-se diesel, biodiesel e querosene de aviação – QAV, além de outros co-produtos.

Recentemente, foi anunciada a instalação de uma refinaria no estado, fazendo-o despontar na economia regional e nacional. A maior atividade de exploração de petróleo em terra de todo o país ocorre na região de Mossoró.

O turismo no estado se destaca principalmente nas cidades litorâneas, especialmente na capital e no Pólo Costa das Dunas. Além disso, o estado possui um aeroporto internacional (localizado no município de São Gonçalo do Amarante) e boa infra-estrutura hoteleira. As praias como Ponta Negra, Pipa e Genipabu são as mais procuradas.

Programa Bolsa Família (DADOS)

A maioria dos(as) titulares do PBF é de mulheres (94%) – a titularidade do cartão é concedida preferencialmente às mulheres.*
27% dos(as) titulares são mães solteiras.
A maior parte das mulheres titulares (85%) tem entre 15 e 49 anos.
A maior parte dos(as) titulares são pretos ou pardos (64%).
78% das famílias residem em área urbana enquanto 22% em áreas rurais. A maior concentração
de famílias rurais beneficiadas pelo PBF está na Região Nordeste (50%).
81% dos titulares sabem ler e escrever, sendo que 56% estudaram até o ensino fundamental.

* Existe um estudo da Fundação Getúlio Vargas que observa um efeito colateral interessante referente à titularidade do cartão pertencente em sua grande maioria à mulheres. As mulheres são contempladas com o beneficio porque há um registro histórico grande de homens que abandonam suas famílias. As mulheres, além de não abandonarem os filhos, utilizam de forma equilibrada o renda. O benefício do Bolsa Família contribui para que os homens não mais abandonem suas famílias. Com isso os filhos crescem com a presença do pai, e este fator contribuiria para que essas crianças optem pelo estudo e trabalho, afastando-se da criminalidade.

4. O Bolsa Família e a Crise Econômica nos estados RN, PB, AL, SE.

Os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe têm um parque industrial pouco desenvolvido. Sendo a indústria a grande prejudicada com a crise, e sendo grande parte da população residente nesses estados formada por beneficiários do Bolsa Família e funcionários públicos, nesses estados pouco se sentiu os impactos da crise.

O Bolsa Família contribuiu para que as famílias pobres que recebem o auxílio passassem pela crise sem que houvesse alteração no orçamento doméstico, pois a grande parte da renda mensal é proveniente do governo e não de setores privados vulneráveis à oscilação de acordo com a economia.

A crise econômica afetou o Bolsa Família de uma forma interna. Devido à crise econômica global, não existem planos para ampliar o programa. O governo refez as contas e diminuiu em pelo menos 15 bilhões a arrecadação de impostos previstos para 2009 e os gastos estão limitados.

Programa Bolsa Família

Para entender um pouco mais sobre a economia do Nordeste é crucial o entendimento do programa de transferência de renda mais utilizado no país, o Bolsa Família. Aproximadamente 36% das famílias nordestinas são beneficiadas por esse programa, para muitas delas, inclusive, é a sua única fonte de renda.

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa do governo federal de transferência direta de renda para famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 69,01 a R$ 137,00) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 69,00). O PBF integra a estratégia FOME ZERO, que visa garantir a segurança alimentar e nutricional, contribuindo para a erradicação da extrema pobreza. O programa baseia-se essencialmente em três postulados:
Promover o alívio imediato da pobreza a partir da transferência de renda.
Reforçar o exercício de direitos sociais no campo da saúde e educação.
Criação de programas complementares que têm como finalidade auxiliar o beneficiado à superar a situação de vulnerabilidade alimentar.

Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foram criados o bolsa-escola, bolsa-alimentação e auxílio gás. O governo Lula unificou estes três programas de transferência de renda e criou o Bolsa Família.

Famílias com renda até R$ 60 por pessoa ganham R$ 62 por mês. Há ainda um benefício variável de R$ 20 por criança até 15 anos e gestante, e R$ 30 por adolescente de 16 e 17 anos. Famílias com renda de R$ 60 a R$ 120 têm direito a benefícios variáveis de R$ 20 por criança até 15 anos e gestantes e R$ 30 por adolescente de 16 e 17 anos.

As famílias, para receber o benefício, precisam fazer acompanhamento nutricional das crianças ate 7 anos e gestantes; fazer pré-natal e pós-natal; estar com a vacinação em dia das crianças de até 7 anos; garantir que as crianças em idade escolar tenham uma freqüência mínima de 85% da carga horária. Se houver descumprimento as famílias estão sujeitas a punições gradativas, que vão da advertência ao cancelamento.

O Programa Bolsa Família sempre foi alvo de críticas, algumas positivas e outras negativas.


1. Críticas Negativas
Não garante independência - como o programa apenas distribui renda, não contribui para que o beneficiado qualifique sua mão-de-obra, criando assim suas próprias oportunidades de emprego.
A verba não chegaria à quem dela necessita- com o histórico da política brasileira de fraudes e corrupção, houve o questionamento se o Bolsa Família não seria mais um programa para criar oportunidades para os políticos locais desviarem a renda das famílias necessitadas para os próprios bolsos.
Não garante a permanência das crianças nas escolas - infelizmente é difícil garantir ferramentas de controle amplo, em um país de dimensões continentais, é difícil acompanhar a freqüência das crianças de família integrante do PBF na escola.
Desestimula os beneficiados à buscar trabalho - foi questionado que algumas pessoas beneficiadas pelo programa poderiam deixar de procurar emprego para continuar recebendo os benefícios.
Seu cancelamento pode gerar problemas - os bolsistas podem se acostumar com o benefício, passando a entendê-lo como um direito conquistado. Sendo assim, seu cancelamento poderia gerar frustração nessas pessoas.

2. Críticas Positivas

Reduz a pobreza, a desigualdade e a fome - A desnutrição infantil caiu 50% de 1996 a 2006 (no Nordeste, onde os investimentos foram maiores, essa porcentagem é maior). De 2003 a 2006 reduziu a 26% da pobreza e 41% da extrema pobreza.


Aumenta a freqüência escolar - Entre 7 e 14 anos a freqüência nas escolas aumentou 3% (no Nordeste esse número chega a 7%)*
Ajuda a emancipar as mulheres - 94% dos beneficiados são mulheres. Isso ocorre porque os homens costumam abandonar a mulher e os filhos. As mulheres dificilmente largam seus filhos e usam o dinheiro de maneira mais proveitosa.
É um projeto bem focalizado - 80% dos recursos do Bolsa Família chegam à quinta parte mais pobre da população. Isso significa que do orçamento de R$ 11,2 bilhões, pelo menos R$ 8 bilhões chegam a 36 milhões de brasileiros muito pobres.
Aquece a economia loca l- os beneficiados pelo Bolsa Família, apesar de na maioria das vezes gastar a maior parte de seu dinheiro com comida, podem comprar outros produtos. Esse poder de compra aquece a economia local.

*Apesar da porcentagem da freqüência das crianças ter aumentado, é importante ressaltar que mesmo assim essas crianças não abandonam o trabalho, tendo então uma dupla jornada. Isto acontece porque muitas vezes a renda obtida por essas crianças muitas vezes dobra a renda total da família. De 2006 para 2007 a redução do trabalho infantil foi de 0,3%.

Os números que envolvem o Bolsa Família são fantásticos. Se a desigualdade em 2008 é a menor em 25 anos, estima-se que sem o programa de transferência de renda essa queda teria sido 20% menor. De 2004 a 2006 foi registrada uma redução de 27,3% no número de famílias com insegurança alimentar grave ou vulnerabilidade à fome. Pesquisas mostram que nos últimos 10 anos, as políticas sociais reduziram em mais de 50% a desnutrição de crianças com menos de 5 anos. Deve-se ressaltar que os dados obtidos não estão relacionados unicamente com o PBF, mas o programa atua de maneira ímpar na redução da pobreza.

O Bolsa Família atende todos os estados do país. O Nordeste é a região que recebe cerca de 53% do orçamento geral do programa, sendo a mais beneficiada. O Sudeste é o segundo maior beneficiado, recebendo cerca de 22% da renda total do programa. Logo após vem a região Norte que recebe 13% da verba, seguido dos 10% da região Sul. A região Centro-Oeste recebe apenas cerca de 2%.

O auxílio do programa acaba gerando efeitos diferenciados nas famílias de acordo com sua localização por região. Na região Nordeste e Norte, o Bolsa Família garante a segurança alimentar plena das famílias que são beneficiadas. Já na região Sudeste e Sul, a renda mostra-se insuficiente e não garante alimentação para a família durante todo o mês. Isso ocorre pela diferença do preço da cesta básica chega a ser 40% mais cara no Sudeste em relação ao Nordeste. Pode-se concluir então que o valor do Bolsa Família é insuficiente para quem mora nas áreas metropolitanas, porém, melhora a vida dos brasileiros no Nordeste e interior.

Ainda no interior, sérios problemas são encontrados na distribuição do benefício do Bolsa Família. Cabe aos bolsistas sacarem o dinheiro todo mês na agência bancária. Entretanto, muitos beneficiados têm dificuldades para encontrar uma agencia bancária próxima e acabam consumindo boa parte do pagamento com o transporte. Estima-se que cerca de 20% dos cartões não foram entregues pelos Correios devido à dificuldade de acesso às pessoas.

Outro ponto importante do Bolsa Família é a preocupação de inserir as famílias beneficiadas no mercado de trabalho. O governo federal começa a acenar com programas de qualificação integrados ao Bolsa Família. O principal é o PlanSeq, destinado a treinar beneficiários do PBF para trabalhar nas obras do PAC. Há planos de formar um projeto para treinar pessoas para a industria do turismo.

Região Nordeste e sua Economia

O Nordeste é a região brasileira de mais antiga ocupação. Entretanto, sua evolução histórica foi calcada em estruturas defasadas. As modificações necessárias para os padrões atuais de desenvolvimento têm sido feitas de modo lento e precário, se comprados aos de outras regiões do Brasil.

Nesta região foram criados órgãos governamentais como a SUDENE e o Banco do Nordeste, que têm como objetivo incentivar o crescimento do economia regional com base no aproveitamento de seus próprios recursos e na criação de condições locais de trabalho, com ênfase no setor industrial.

O surto industrial no final da década de 1950 foi reflexo de incentivos fiscais e financeiros com os objetivos de dinamizar as atividades do setor secundário. A SUDENE surge para auxiliar na melhoria e qualificação do empresariado.

A região é populosa, porém apresenta áreas superpovoadas que contrastam com áreas escassamente ocupadas. Essa diferença demográfica foi gerada principalmente pelo fato de a colonização ter se dado nas áreas litorâneas e de clima semi-árido do sertão nordestino, caracterizado por longos períodos de estiagem, que dificultam a vida no interior.

A pobreza no campo acaba contribuindo para que parte da população rural migre em direção às áreas metropolitanas como Recife, Salvador e Fortaleza, regiões que tiveram suas funções urbanas e industriais mais desenvolvidas. Entretanto a capacidade de absorver migrantes destas cidades é limitada por seu setor industrial e de serviços de médio porte, o que resulta num aumento da população urbana relacionado com “inchaço” dessas cidades, causando desemprego.

As indústrias mais desenvolvidas na região são do setor têxtil e alimentício. Ambas dependem da atividade pastoril, e a instabilidade na oferta de mão-de-obra acaba sendo um empecilho para seu crescimento. Apesar desses entraves, a atividade industrial é o principal fator dinamizador do desenvolvimento econômico da região.

A estrutura fundiária permanece sem alterações há séculos. Apresenta pequenas e muito pequenas unidades de produção; má distribuição das terras, ainda caracterizada pelo predomínio de grandes propriedades, vinculadas nas áreas úmidas à agroindústria açucareira e no Sertão, as grandes fazendas de criação de gado de corte, geralmente contendo áreas de exploração indireta.

O Açúcar no Nordeste

Durante o século XVI, pela ameaça de invasão estrangeira e a necessidade de povoar e colonizar a terra, o governo de Portugal instala engenhos pelo litoral brasileiro. A partir daí, a região Nordeste se torna a maior produtora de açúcar, devido à adaptação da cana-de-açúcar às condições físicas da região e sua localização geográfica, que facilitava o escoamento do produto até o mercado externo (Europa).

A alta cotação do açúcar no mercado europeu deu a atividade canavieira o título de sustentáculo econômico do Brasil nos séculos XVI e XVII. A região Nordeste, como principal produtora, estava em seu momento próspero.

Em 1624 ocorre a primeira invasão holandesa no Brasil, em Salvador. Os holandeses, informados da fragilidade, no que se refere à proteção, do litoral brasileiro, invadem e permanecem por um ano controlando a atividade canavieira na cidade. Em 1630, ocorre a segunda invasão holandesa no Nordeste, em Pernambuco. Dessa vez os holandeses permanecem vinte e quatro anos na região e, após serem expulsos (Insurreição Pernambucana), já tendo adquirido o know how deram início à produção de açúcar nas Antilhas.

Com a descoberta do açúcar de beterraba e a concorrência do açúcar holandês produzido nas Antilhas, a atividade canavieira no Brasil entra em declínio, configurando um momento de crise econômica da região Nordeste. A partir de então, o eixo econômico do Brasil desloca-se para o Sudeste, com a produção cafeeira. O declínio da atividade leva a região à uma estagnação econômica, esta se encontra até os dias atuais.

Histórico da região nordeste

A macrorregião é composta por nove estados, sendo a região brasileira que possui mais estados; são eles : Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. A população é estimada em aproximadamente 49.479,29 habitantes; e sua área 1.554.257 km2, representando cerca de 18% da área total do país.

Foi a agroindústria canavieira que organizou o espaço agrário da região e deu origem a estrutura socioeconômica caracterizada na concentração de renda e de terras. Portanto torna-se imprescindível fazer um apanhado histórico da atividade que fez com que o Nordeste, durante a colonização, fosse o pilar econômico do país.