terça-feira, 30 de junho de 2009

Região Nordeste e sua Economia

O Nordeste é a região brasileira de mais antiga ocupação. Entretanto, sua evolução histórica foi calcada em estruturas defasadas. As modificações necessárias para os padrões atuais de desenvolvimento têm sido feitas de modo lento e precário, se comprados aos de outras regiões do Brasil.

Nesta região foram criados órgãos governamentais como a SUDENE e o Banco do Nordeste, que têm como objetivo incentivar o crescimento do economia regional com base no aproveitamento de seus próprios recursos e na criação de condições locais de trabalho, com ênfase no setor industrial.

O surto industrial no final da década de 1950 foi reflexo de incentivos fiscais e financeiros com os objetivos de dinamizar as atividades do setor secundário. A SUDENE surge para auxiliar na melhoria e qualificação do empresariado.

A região é populosa, porém apresenta áreas superpovoadas que contrastam com áreas escassamente ocupadas. Essa diferença demográfica foi gerada principalmente pelo fato de a colonização ter se dado nas áreas litorâneas e de clima semi-árido do sertão nordestino, caracterizado por longos períodos de estiagem, que dificultam a vida no interior.

A pobreza no campo acaba contribuindo para que parte da população rural migre em direção às áreas metropolitanas como Recife, Salvador e Fortaleza, regiões que tiveram suas funções urbanas e industriais mais desenvolvidas. Entretanto a capacidade de absorver migrantes destas cidades é limitada por seu setor industrial e de serviços de médio porte, o que resulta num aumento da população urbana relacionado com “inchaço” dessas cidades, causando desemprego.

As indústrias mais desenvolvidas na região são do setor têxtil e alimentício. Ambas dependem da atividade pastoril, e a instabilidade na oferta de mão-de-obra acaba sendo um empecilho para seu crescimento. Apesar desses entraves, a atividade industrial é o principal fator dinamizador do desenvolvimento econômico da região.

A estrutura fundiária permanece sem alterações há séculos. Apresenta pequenas e muito pequenas unidades de produção; má distribuição das terras, ainda caracterizada pelo predomínio de grandes propriedades, vinculadas nas áreas úmidas à agroindústria açucareira e no Sertão, as grandes fazendas de criação de gado de corte, geralmente contendo áreas de exploração indireta.

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